E se os esportistas que se dopam quisessem "fazer direito"? - Université Paris Nanterre Accéder directement au contenu
Article Dans Une Revue Movimento Année : 2013

E se os esportistas que se dopam quisessem "fazer direito"?

E se os esportistas que se dopam quisessem "fazer direito"? **

Résumé

Este artigo se apresenta como uma contribuição para a sociologia do doping, propondo uma nova abordagem. Trata-se, em primeiro lugar, de expressar reservas sobre a sociologia que reduz as práticas de dopagem às decisões individuais ou as consequências de jogos de dominação, para assumir a complexidade e variabilidade, convidando-o a tomar como sujeito às incertezas dos atletas e as discussões coletivas que realizam. Além disso, propomos uma metodologia proveniente das últimas avanços da sócio-informática, para analisar 244.417 mensagens deixadas por usuários em listas de discussão . Este estudo ajuda a entender como os atletas podem duvidar mobilizar alguns recursos para aumentar sua incerteza, discutir, desacreditar seus oponentes, especialmente quando são médicos. A última seção apresenta algumas sugestões e perguntas sobre a possibilidade de construção de uma nova metrologia para captar mudanças nas práticas de doping..
1 Agradeço a Olivier Le Noé pela releitura atenta deste texto e pelas discussões interessantes que esses comentários ensejaram. Desejo igualmente agradecer a Charles-Eric Adam, CédricDechef e Henrique Rodas, que me ajudaram muito na análise do material empírico. 1 INTRODUÇÃO Os esportistas que se dopam agem de "qualquer jeito"? A relação dos esportistas com a racionalidade e o grau de liberdade que a literatura lhes dá é abordada de maneira contraditória. Nossa investigação junto a agentes de prevenção mostra que muitos desses agentes consideram sua missão mais como uma necessidade de informar o público sobre os perigos do doping e sobre a legislação Resumo: Este artigo se apresenta como uma contribuição para a sociologia do doping, propondo uma nova abordagem. Trata-se, em primeiro lugar, de expressar reservas sobre a sociologia que reduz as práticas de dopagem às decisões individuais ou as consequências de jogos de dominação, para assumir a complexidade e variabilidade, convidando-o a tomar como sujeito às incertezas dos atletas e as discussões coletivas que realizam. Além disso, propomos uma metodologia proveniente das últimas avanços da sócio-informática, para analisar 244.417 mensagens deixadas por usuários em listas de discussão. Este estudo ajuda a entender como os atletas podem duvidar mobilizar alguns recursos para aumentar sua inc erteza, disc utir, desacreditar s eus oponentes, especialmente quando são médicos. A última seção apresenta algumas sugestões e perguntas sobre a possibilidade de construção de uma nova metrologia para captar mudanças nas práticas de doping. Palavras-chave: doping em esportes. Informática. Sociologia.
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Patrick Trabal. E se os esportistas que se dopam quisessem "fazer direito"?. Movimento, 2013, 19 (4), pp.11-43. ⟨10.22456/1982-8918.41901⟩. ⟨hal-01468712⟩
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